O programa era claro. O mercado deixava de ser um lugar de compra e venda de produtos, passando a ser um lugar de exposição e criação de arte. Ao lado do antigo mercado, foi construído o novo edifício destinado ao espólio de José de Guimarães. A Plataforma das Artes seria um espaço multicultural constituído por ateliers, lojas criativas, incubadoras de empresas, mas, igualmente, por cafetarias e esplanadas adaptadas ao antigo mercado e à respetiva praça. O novo edifício, dotado de estacionamento subterrâneo, inclui auditório e espaços com exposições permanentes e temporárias, cafetaria e loja de apoio. A praça do mercado deveria manter a sua função de espaço de encontro e estadia, de articulação do espaço público envolvente, de ligação entre as novas valências culturais. O novo edifício, revestido a vidro e treliça de latão, apresenta uma imagem forte, quer do ponto de vista estrutural, quer plástico. A praça deveria assumir uma imagem neutra e austera, desenhada a partir do equipamento como se de um tapete se tratasse. À cota baixa desenvolve-se o jardim de integração e o lago, que procura refletir a longa consola do edifício. O material vegetal selecionado e o desenho do jardim pretende recriar um ambiente de certo modo oriental – bambú, pinheiro japonês, cerejeira do japão – em homenagem à estreita ligação de José de Guimarães com o Oriente.
Localização - Av. Conde de Margarida, Guimarães : Promotor - Câmara Municipal de Guimarães : Coordenação/Arquitetura - Pitágoras Arquitetos x Engenharia Integradas Lda. : Arquitetura Paisagista - Jorge Maia, Arq. Paisagista : Colaboradores - Sónia Rocha, Operadora de CAD : Ano do projeto - 2010 : Conclusão da Obra - 2012 : Construtor - Casais SA